dia mundial da t3l3visão
nunca pensei que a televisão fosse o primeiro tema do und3rblog, mas...
pois bem, hoje é o dia mundial da televisão. ao que parece, a data foi criada há 10 anos num fórum da o.n.u., com o intúito de ser um incentivo à criação de programas sobre questões de paz e de desenvolvimento social e económico. eu cá não dei por nada, antes pelo contrário. a televisão continua de ano para ano a piorar, a render-se cada vez mais ao poder económico, passou a ser um meio de vender publicidade, com alguns (maus) programas pelo meio. inverteram-se os papeis. de caixa que mudou o mundo, passou a ser a caixa mudada pelo mundo, rendida à falta de cultura da turba anónima. é também um dos principais instrumentos de formatação social, condicionando comportamentos e estéticas, anulando a diversidade individual. falo dos chamados canais generalistas, claro, aqueles que estão ao alcance de todos, porque nos canais por cabo há algumas honrosas excepções. cresci com a televisão sendo uma das minhas fontes de informação e de formação, mas para os meus filhos, por vezes parece ser mais uma fonte de deformação do que outra coisa. actualmente vejo pouquíssima televisão, e quando o faço, é principalmente por inerência das funções paternais, mas mesmo assim, aguento pouco. vejo de vez em quando os "morangos", que têm uma influência enorme na minha filha, principalmente para poder falar sobre as questões que lá vão sendo levantadas, mas faço guerra aberta à floribela, essa aberração de estilo inclassificável. o meu argumento favorito é que 1 minuto de floribela correponde à destruição de 5 neurónios. dei-me ao trabalho, há uns dias atrás, de ver um bocado dum programa qualquer ligado à revista lux, que os putos estavam a ver interessadíssimos. seria um programa interessante em termos de estética humana, cheio de pessoas muito bonitas e arranjadas, mas bem que podiam tirar o som. de cada vez que alguém abria a boca, entrevistadora ou entrevistados, deitavam tudo a perder. não consegui ouvir uma frase, uma ideia que tivesse o mínimo interesse. que vazio! valerá a pena continuar a enumerar os exemplos? não resisto a relembrar a minha experiência ultra-traumatizante com o programa da t.v.i em que 'personalidades' (?) vão cantar a favor duma causa. tive o azar de apanhar logo com o goucha, um dos meus ódios de estimação, mas mesmo assim aguentei, porque queria perceber a mecânica da coisa... numa palavra, confrangedor! mais uma prova de que actualmente, ninguém liga ao que a o.n.u. diz...
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