quarta-feira, abril 30, 2008

atom and cell

trabalho em vídeo, do fotógrafo japonês shoko ise, para atom and cell, projecto nine horses, incluida no álbum snow borne sorrow de 2005. muitos adjectivos poderiam ser usados, fico-me por três: espantoso, original, estimulante.


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terça-feira, abril 29, 2008

sugestões a quem de direito, que eu não sei quem é, senão escrevia-lhe directamente

certos equipamentos do meu trabalho, em vez de virem acompanhados de um guia rápido do operador em português, deveriam vir acompanhados de um guia para transformar um português num operador rápido. a minha vida ficava um poucochinho facilitada. mas o que vinha mesmo a calhar eram uns módulos de actualização neurológica para pessoal de laboratório. é que, às vezes, tenho a sensação de que os manuais de texto que leio, vindos de terras estrangeiras, são pura ficção científica.

da vida das árvores #16

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fotografias de kristin satzman

segunda-feira, abril 28, 2008

e nós aqui, tão pequeninos

para comemorar os 18 anos do lançamento do hubble no pasado dia 24, a n.a.s.a. disponibilizou 59 fotografias de interacção entre galáxias. 59 imagens que nos reduzem à nossa insignificância. algo de semelhante acontecerá daqui a uns quantos anos quando a nossa via láctea, na sua deriva espacial, encontrar a galáxia a que chamamos andrómeda. vale mesmo a pena ver a colecção completa, que se encontra disponível aqui.








domingo, abril 27, 2008

und3rmusic #12 hold on to yourself

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hold on to yourself é a sétima música no alinhamento de dig lazarus dig, o último álbum de nick cave com os seus bad seeds. num trabalho tão homogéneo, em que todas as músicas se poderiam destacar, foi esta que me "caiu no goto", pelo menos para já. a lírica, como sempre, vale por si mesmo.




i'm so far away from you
pacing up and down my room
does jesus only love a man who loses?
i turn on the radio
there's some cat on the saxophone
laying down a litany of excuses
there's madhouse longing in my baby's eyes
she rubs the lamp between her thighs
and hopes the genie comes out singing
she lives in some forgotten song
and moves like she is zombie-strong
breathes steady as the pendulum keeps swinging

you better hold on to yourself

well, cities rust and fall to ruin
factories close and cars go cruisin'
in around the borders of her vision
she says ooh
as jesus makes the flowers grow
all around the scene of her collision

tou know i would, yes, i would
i would hold on to yourself

in the middle of the night
i try my best to chase outside
the phantoms and the ghosts and fairy-girls
on 1001 nights like these
she mutters open sesame and ali baba and his forty thieves
launch her off the face of the world

you know one day i'll come back and I'd hold on to yourself
to yourself, i'd hold on to yourself

ooh baby, i'm a 1000 miles away
and i just don't know what to say
'cause jesus only loves a man who bruises
but darling, we can clearly see
it's all life and fire and lunacy
and excuses and excuses and excuses

well, you know if i could, i would
i'd lie right down and i'd hold on to yourself
yeah, i would lie right down and i would hold on to yourself
one day i'll come back to you and i'd hold on to yourself
yeah, i'm gonna come back, gonna lie down
and i would hold on to yourself
yeah, to yourself


imagem: genni, hold yourself together

sábado, abril 26, 2008

rábula do dia 26 de abril de 2018

liberdade, pois, mas as nossas sociedades apresentam-nos agora desafios que não se colocavam em 1974. aos poucos vamos trocando a liberdade pela segurança. com o advento do trusted computing, que algumas empresas de informática se preparam para introduzir no mercado daqui a 2 ou 3 anos, e com o cruzamento das bases de dados, não me parece que esta rábula, que recebi por e-mail, seja de todo impossível daqui a 10 anos. novos desafios para quem acredita na liberdade como valor a defender.



- telefonista: telepizza, boa noite!

- cliente: boa noite, quero encomendar pizzas...

- telefonista: pode dar-me o seu n.i.n.?

- cliente: sim, o meu número de identificação nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.

- telefonista: obrigada, sr. lacerda. o seu endereço é na avenida paes de barros, 19, apartamento 11, e o número do seu telefone é o 21549 4236, certo? o telefone do seu escritório na liberty seguros, é o 21 574 52 30 e o seu telemóvel é o 96 266 25 66, correcto?

- cliente: como é que conseguiu todas essas informações?

- telefonista: porque estamos ligados em rede ao grande sistema central.

- cliente: ah, pois, é verdade! quero encomendar duas pizzas: uma quatro queijos e outra calabresa...

- telefonista: talvez não seja boa ideia...

- cliente: o quê...?

- telefonista: consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão, diabetes e tem a taxa de colesterol muito alta. além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a saúde.

- cliente: claro! tem razão! o que é que sugere?

- telefonista: por que é que não experimenta a nossa pizza superlight, com tofu e rabanetes? o senhor vai adorar!

- cliente: como é que sabe que vou adorar?

- telefonista: o senhor consultou a página 'receitas gulosas com soja' da biblioteca municipal, no dia 15 de janeiro, às 14:27 e permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. daí a minha sugestão...

- cliente: ok, está bem! mande-me então duas pizzas tamanho familiar!

- telefonista: é a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.

- cliente: quanto é?

- telefonista: são 49,99.

- cliente: quer o número do meu cartão de crédito?

- telefonista: lamento, mas o senhor vai ter que pagar em dinheiro. o limite do seu cartão de crédito foi ultrapassado.

- cliente: tudo bem. posso ir ao multibanco levantar dinheiro antes que cheguem as pizzas.

- telefonista: duvido que consiga. a sua conta à ordem está com o saldo negativo.

- cliente: meta-se na sua vida! mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro. quando é que entregam?

- telefonista: estamos um pouco atrasados. serão entregues em 45 minutos. se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na sua moto não seja lá muito aconselhável. além de ser perigoso...

- cliente: mas que história é essa? como é que sabe que eu vou de moto?

- telefonista: peço desculpa, mas reparei aqui que não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. mas a sua moto está paga e então pensei que fosse utilizá-la.

- cliente: chiça.......!!!!!!!!!

- telefonista: gostaria de pedir-lhe para não ser mal educado... não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um agente da autoridade.

- cliente: (silêncio).

- telefonista: mais alguma coisa?

- cliente: não. é só isso... não. espere... não se esqueça dos 2 litros de coca-cola que constam na promoção.

- telefonista: lamento, mas o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proíbe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...

- cliente: aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! vou atirar-me pela janela!!!!!

- telefonista: (ri-se) e torcer um pé? não se esqueça que o senhor mora no rés-do-chão...!

sexta-feira, abril 25, 2008

sempre!

recolha de imagens para avivar a memória. tanto que crescemos, que aprendemos, que evoluímos. só a liberdade nos permitiu este percurso, por vezes feito aos tropeções. liberdade para tropeçar, para cair, para levantar e continuar o caminho. para sonhar, para acreditar. para construir, organizar, melhorar. para instruir. para participar. para criar e reciclar. para contestar e criticar. para sorrir, para sentir. para pensar e opinar. para viver e não esquecer. nunca esquecer. como era, como foi e como não queremos que volte a ser, viver sem liberdade.


25a scratch (nell'assassin no largo do carmo)




não, não e não




revolucionês 1




revolucionês 2




revolucionês 3




now we want the real democracy



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quinta-feira, abril 24, 2008

inquietação vespertina | pergunta de bolso #9

que pérolas de humor do mais fino recorte terá o ppd/psd reservado para amanhã?

pilhagem #7

pilhado ao bandeira ao vento

quarta-feira, abril 23, 2008

coitado do guilherme, deve ser do stress

guilherme silva diz que alberto joão jardim tem perfil e capacidade para dirigir o partido.
decididamente, o pêéssedê bate aos pontos o gato fedorento.

o poder dos livros

em 2003 mladen penev, designer gráfico de origem búlgara, criou esta série que, melhor do que 1.000.000 de palavras, sintetiza o admirável mundo que se abre através da leitura. para assinalar o dia mundial do livro.














segunda-feira, abril 21, 2008

o jogo do anjo

boas notícias para quem, como eu, se apaixonou pel'a sombra do vento. carlos ruiz zafón acaba de lançar o segundo volume do que, agora se sabe, irá constituir uma tetralogia. passado nos anos 20 e 30 do século passado, el juego del angel volta a ter como panos de fundo o camitério dos livros esquecidos e a cidade de barcelona. será esse, aliás, o elemento de ligação entre os 4 romances, que funcionarão como elementos autónomos em termos de trama narrativa. a primeira edição do novo romance decorreu com pompa e circunstância, tendo sido postos à venda um milhão de exemplares.

david martín, o protagonista de el juego del angel, é um escritor que vive o momento mais trágico da sua vida quando é contactado por un editor de paris que lhe faz uma oferta irrecusável: escrever no prazo de um ano um livro como nunca antes existira. no entanto, a encomenda esconde un segredo e o jogo do anjo é activado quando martín aceita a encomenda... eu, que não gosto nada de fenómenos de massas, espero ansiosamente a edição portuguesa d'o jogo do anjo.

domingo, abril 20, 2008

only an expert can deal with the problem

only an expert, a incluir no próximo registo em disco de laurie anderson, homeland, que, se tudo correr dentro do previsto, será editado ainda este ano. o habitual ácido diluído com ironia. uma visão crítica de dentro da sociedade norteamericana. now, the problem is: quase tudo também se aplica à(s) nossa(s) sociedade(s) europeia(s).


now only an expert can deal with the problem
because half the problem is seeing the problem
and only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem
so if there's no expert dealing with the problem
it's really actually twice the problem
'cause only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem

now in America we like solutions
we like solutions to problems
and there's so many companies that offer solutions
companies with names like the pet solution, the hair solution.
the debt solution. the world solution. the sushi solution.
companies with experts ready to solve the problems.
'cause only an expert can see there's a problem
and only an expert can deal with the problem
only and expert can deal with the problem

now let's say you're invited to be on oprah
and you don't have a problem
but you want to go on the show, so you need a problem
so you invent a problem
but if you're not an expert in problems
you're probably not going to invent a very plausible problem
and so you're probably going to get nailed
you're going to get exposed
you're going to have to bow down and apologize
and beg for the public's forgiveness.
'cause only an expert can see there's a problem
and only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem

now on these shows, the shows that try to solve your problems
the big question is always "how can I get control?
how can I take control?"
but don't forget this is a question for the regular viewer
the person who's barely getting by.
the person who's watching shows about people with problems
the person who's part of the 60% of the u.s. population
1.3 weeks away, 1.3 pay checks away from homelessness.
in other words, a person with problems.
so when experts say, "let's get to the root of the problem
let's take control of the problem
so if you take control of the problem you can solve the problem."
now often this doesn't work at all because the situation is completely out of control.
'cause only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem

so who are these experts?
experts are usually self-appointed people or elected officials
or people skilled in sales techniques, trained or self-taught
to focus on things that might be identified as problems.
now sometimes these things are not actually problems.
but the expert is someone who studies the problem
and tries to solve the problem.
the expert is someone who carries malpractice insurance.
because often the solution becomes the problem.
'cause only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem

now sometimes experts look for weapons.
and sometimes they look everywhere for weapons.
and sometimes when they don't find any weapons
sometimes other experts say, "if you haven't found any weapons
it doesn't mean there are no weapons."
and other experts looking for weapons find things like cleaning fluids.
and refrigerator rods. and small magnets. And they say,
"
these things may look like common objects to you
but in our opinion, they could be weapons.
or they could be used to make weapons.
or they could be used to ship weapons.
or to store weapons
."
'cause only an expert can see they might be weapons
and only an expert can see they might be problems.
'cause only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem

and sometimes, if it's really really really hot.
and it's July in January.
and there's no more snow and huge waves are wiping out cities.
and hurricanes are everywhere.
and everyone knows it's a problem.
but if some of the experts say it's no problem
and other experts claim it's no problem
or explain why it's no problem
then it's simply not a problem.
but when an expert says it's a problem
and makes a movie and wins an oscar about the problem
then all the other experts have to agree that it is most likely a problem.
'cause only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem

and even though a country can invade another country.
and flatten it. and ruin it. and create havoc and civil war in that other country
if the experts say that it's not a problem
and everyone agrees that they're experts good at solving problems
then invading that country is simply not a problem.
and if a country tortures people
and holds citizens without cause or trial and sets up military tribunals
this is also not a problem.
unless there's an expert who says it's the beginning of a problem.
'cause only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem

only an expert can see there's a problem
and see the problem is half the problem
and only an expert can deal with the problem
only an expert can deal with the problem.

sábado, abril 19, 2008

da vida das árvores #15

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"still raining", foto de kiki tohmé no flickr

inclassificável

o p.s.d. não pára de nos oferecer pérolas de demagogia pura e absurda. em vez de partido político, talvez fosse melhor constituirem-se como grupo cómico e venderem programas para fazerem concorrência ao gato fedorento. será imparável este processo de autofagia? o país precisa de ribau esteves. quem deve estar preocupado é o alberto joão jardim, que finalmente tem concorrência à altura para o prémio de maior disparate do ano.


via zero de conduta

quinta-feira, abril 17, 2008

não podia estar mais de acordo, é por isso que o hugo é uma das minhas figuras de referência

"cultura universitária, cultura de massas, cultura esotérica, cultura aristocrática, cultura proletária (...). cada cultura tem os seus temas, as suas modas, os seus partidários.(...) o ideal parece-me consistir em ter professores que nos ensinem as bases, e depois fazermos nós próprios as nossas pesquisas, em total independência relativamente às ideias dominantes nos meios oficiais. na minha concepção, alguém que seja culto é necessariamente eclético: se apenas conhece o universo cultural a que pertence klingsor ou aqule a que pertence king kong, não é verdadeiramente culto. (...) o trabalho dos que contaram a história de perceval não me parece fundamentalmente diferente do trabalho dos que criaram king kong: os modos de expressão diferem, mas é o mesmo esforço de criatividade para contar uma história repleta de maravilhoso e ao mesmo tempo épica e poética. (...)

quanto a estabelecer uma hierarquia entre as diversas formas de expressão artística, isso parece-me impossível. assim, aqueles que dizem que a banda desenhada é um género intrinsecamente inferior ao romance avaliam a banda desenhada aplicando os critérios do romance, e nesse caso é evidente que não se pode senão chegar à conclusão que a banda desenhada é subliteratura. mas essa gente esquece-se, ou não sabe, que a banda desenhada tem o seu próprio código e que é apenas situando-se no interior desse código que se pode apreciá-la. (...)

essas reacções negativas vêm geralmente de mandarins da cultura de tipo universitário e nada têm de surpreendente, pois a cultura oficial é por natureza conservadora, e desde sempre desconfiou dos novos modos de expressão artística. no século 18 desprezava os romances e levou tempo a compreender que o cinema não é subteatro. acabará por se aperceber que a banda desenhada pode ser uma arte. esperemos que não ponha então a banda desenhada sob a sua tutela, erigindo-se em árbitro da sua estética e atribuindo-se o monopólio da sua exegese, o que teria como consequência fazer passar a banda desenhada de um gueto cultural para outro.

encontram-se coisas apaixonantes em cada tipo de cultura, e também muitas coisas sem interesse. o que é preciso é apropriarmo-nos do que há de mais pertinente em cada universo cultural, sem nos deixarmos encerrar em nenhum deles. é preciso ir ao fundamental. o resto são meras repetições, e portanto uma perda de tempo. fazer coexistir na minha cabeça diferentes culturas nunca me causou qualquer problema (...). só posso conceber uma vida intelectual assim, completamente livre."






hugo pratt in "o desejo de ser inútil - memória e reflexões" (entrevistas com dominique petitfaux), relógio d'água editores, 2005
imagem: hugo pratt, corto maltese - tango

trivia

a acção passa-se numa pequena agência bancária de bairro. hora do almoço, aguardo para falar com o meu gerente de conta que se encontra ocupado com outro cliente. para matar o tempo vou observando as pessoas que fazem fila para serem atendidas na única caixa de que a agência dispõe. não muitas, 4 ou 5 a cada momento. os sujeitos do costume, com formas, posturas e estilos variados. num dado momento ouço, todos os presentes ouvem, as instruções dadas por um cliente, sem reserva de intimidade. queria o dito cliente depositar um cheque no valor de vinte e tal mil euros. mas queria que o depósito fosse efectuado sem ficar o registo do depósito do cheque e frisou-o várias vezes com um volume sonoro de quem não tem nada a esconder. queria, assim, que em vez de uma operação fossem efectuadas duas simultâneamente. primeiro levantaria o cheque em numerário e acto contínuo um depósito desse numerário na sua conta. o que ele não queria era que ficasse o registo do depósito do cheque. certamente uma fugazita aos impostos, daquelas sem importância, e que, na óptica do prevaricador, toda a gente faz e para a qual não é necessária nenhuma reserva de intimidade.

pilhagem #6

magritte reloaded
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ceci n'est pas un half-pipe




pilhado ao last breath

segunda-feira, abril 14, 2008

sublime

não tenho dúvidas de que vai ser um dos grandes discos do ano. cá dentro do rectângulo e lá fora. o terceiro volume dos dead combo, lusitânia playboys, chega hoje às lojas carregado de momentos sublimes e da universalidade da alma portuguesa, ou da portugalidade da alma universal, a ordem dos factores é indiferente. putos a roubar maçãs é o primeiro single e tem este vídeo esteticamente irrepreensível, realizado por alexandre azinheira.



obrigado, margarida, por me teres indicado o vídeo.

domingo, abril 13, 2008

love will tear us apart

nouvelle vague

quinta-feira, abril 10, 2008

constatação #35

vinte minutos de nick cave lavam doze horas de trabalho.

quarta-feira, abril 09, 2008

akôrdo ortográphico

e pronto, o ppl tá kontente pk já tem + uma polémika kom k ce preokupar. muito cinceramente, a mim tanto ce me dá, xkrever duma maneira ou doutra. não temo a kontaminação do português europeu plú do brazil. as konsuantx mudas ção pra kair? k kaiam então, não phazem phalta nenhuma. eça mentalidade mxkinha kiagóra vem, muito ophendida, reklamar k em portugal é k ce phala o verdadeiro português e kiú brazil foi descoberto pelos noços egréjios avós, cenão não ce phalava lá português, não leva a lado nenhum. as línguas são entidadx dinâmicas em konstante mutação. ce acim não phôce, ainda xtaríamos a phalar latim ou a xkrever pharmácia kom pê agá. velhos do rxtelo, é o k ção.

und3rmuzik #11 playground martyrs

no excelente slope, steve jansen propõe-nos duas versões de playground martyrs, belíssima balada em ritmo lento e melancólico, escrita em colaboração com david sylvian. A versão masculina, cantada por david sylvian, surge aproximadamente a meio do alinhamento. a feminina, cantada por nina kinert, cantora sueca a ter bem debaixo de olho, encerra o disco com maestria. a canção acaba, assim, por marcar toda a estrutura de slope, como se encerrasse os lados a e b de um hipotético vinil.






you run to the gates but you'll be marked late
it's for your own good, it's for your own good
you're likely to make the grandest mistake
you suffer alone in the skin and the bone

we'll sharpen those new sets of arrows
for the next generation of playground martyrs
join in the game of intolerable shame
'cause everyone shares in the sins of their fathers

schoolbell rings, single file in
trade you my "unhappily ever after"
so bring out those things to hammer the wings
of the next generation of playground martyrs

segunda-feira, abril 07, 2008

novos símbolos olímpicos #2

e ainda faltam alguns meses... entretanto, em paris, a chama olímpica teve que ser apagada por motivos de segurança. depois dos incidentes de londres, ontem, e de paris, o périplo da chama olímpica pelos cinco continentes, arrisca-se a deixar um rasto de detenções de activistas pró-direitos humanos. em maio, passará pelo tibete.

staphanne peray



autor não identificado

quinta-feira, abril 03, 2008

evasão #5 (invasão)

mergulhar nos meandros da mente humana.




























































fotografias: misha gordin, série shout
música: steve jansen, gap of cloud



















quarta-feira, abril 02, 2008

objecto único

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imperdível.


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