sábado, junho 02, 2007

inquietação

acabo de reparar que o nº de posts com a etiqueta "portugueses" igualou o nº de posts com a etiqueta "música". sendo a música uma das minhas paixões, isto inquieta-me. quer dizer que ando novamente demasiado ligado ao mundo comezinho, a reflectir sobre as imperfeições do bicho-homem e sobre a desorganização deste país, coisa que, como hábito de higiene de vida, evito ao máximo. já reflecti, já questionei, já desesperei o suficiente para uma vida inteira, não vale a pena perder mais tempo com isso. o mundo é, a sociedade é, e o meu poder de intervenção é diminuto, há muitos anos que passei do "eu quero mudar o mundo" para o "eu quero que o mundo não me mude". isto digo eu para mim próprio, mas os absurdos da realidade levam-me sempre de volta à indignação, à ironia, ao não há pachorra.

7 comentários:

Maria Romeiras disse...

pensar global, agir local? gosto das tuas intervenções

também das tuas escolhas de música

prioridades, prioridades...

abraço

nelio disse...

exactamente maria. pensar global agir local, não me deixar embarcar nesta corrente dominante. manter vivos os verdadeiros (para mim,claro) valores e objectivos.

Anónimo disse...

:9 pois, é como eu.

Anónimo disse...

como por exemplo blogar? E não será que blogar ocupa também aquele tempo necessário para intervir duma forma real e não apenas virtual?
Um beijo Pino

Anónimo disse...

Keep playing!

Anónimo disse...

São apenas necessárias algumas décimas para que a unidade mude.
O cardume move-se sem um líder: o movimento é gerado subtilmenteno interior.
É inevitável que mudes o mundo e que o mundo te mude. às vezes apercebes-te do fluxo, outras não. Não é necessário ter uma posição indignada, ou sequer energética sobre o assunto. É uma maçada ter posições: elas esvaziam-nos da força necessária e são inúteis. Quero um activismo de gerúndios: vendo, lendo, pensando,fazendo, pondo uns pauzinhos na engrenagem, rindo. Se não há pachorra, para quê esfolar essa ferida? Voltemos ao gerúndio com ordem de trabalhos premeditada. É pouco poético mas move o cardume e muda o mundo.

Anónimo disse...

maria goreti, obrigado por mo relembrares...