sexta-feira, agosto 03, 2007

compro, logo existo

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actualização descartável do velho aforismo de descartes. pensar e deitar fora, porque o pensamento já não confere status. cogito um pouco mais naquilo que vou comprar. ergo o cartão de crédito. sumo-me da vida pensante. consumo, consumo, consumo.

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barbara kruger, i shop therefore i am, fotolitografia em saco de papel, 1990, the museum of modern art, new york

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4 comentários:

Luís F. disse...

A máxima de Descartes é demasiado pueril para os nossos dias…

nelio disse...

caro luís, isto foi um delírio a propósito do trabalho da barbara kruger, que era o verdadeiro objectivo do post. não sou admirador de descartes por aí além. a máxima é simpplista, sim, toda a gente o diz. nos nossos dias, como tu lhes chamas, podemos criar muitas máximas: como, logo existo; não como, logo deixo de existir; apareço nas revistas do socialite, logo existo; blogo, logo existo; etc, etc. pueril, dizes tu. neste mundo ocidental muito centrado na criança, o que está a dar é a puericultura. tudo nos conformes, portanto.

um abraço e bem vindo!

Anónimo disse...

Um site muito a propósito: adbusters.org não deixes de visitar para nada pueris e inteligentes anticampanhas da sociedade de consumo. De lá vem por exemplo o buy nothing day, a killercoke e muitas outras. Tem cartazes, colecções de design, pequenos spots video... um bom programa para ficar em casa a fugir das alfaces. A propósito: Lisboa está um bom sítio para passar férias. O borboletário no jardim botânico e a exposição borboletas através dos tempos no museu da ciência encanta as crianças sendo pueril a sério e sendo-o bem. Depois agarra-se em alguém quimico-excluído, entregam-se-lhe as crianças, manda-se que vão comer um gelado e fica-se no museu da ciência a meditar o Laboratório Chimico da Universidade de Lisboa, muito recentemente aberto ao público depois de obras de Sta Engrácia. Meta-se conversa com a senhora que lá está (sem afzer nada, com tão pouca visita): ela sabe muito daquilo e responde mesmo às perguntas parvas como se o não fossem.
Aqui no confim do Alentejo estão 35ºC e é meia noite e meia: pagam-se destes preços por não ter alfaces fora da horta.
Agostem-se bem, amigos.

Anónimo disse...

Olá Nélio td bem com vc?
Gostei do post da Barbara Kruger..
Estou fazendo um trabalho sobre ela, porém sinto muito a falta de livros sobre a Barbara aqui na minha facul..
Gostaria de saber se vc tem mais materias sobre ela, ou amigos bloqueiros que tenha..

Se puder me ajudar ficarei muito feliz..

meu email é valdemirdefranca@hotmail.com

ABS fica na paz