sexta-feira, julho 11, 2008

ausência

... não há falta na ausência.
a ausência é um estar em mim.
e sinto-a, branca, tão pegada,
aconchegada nos meus braços, que rio
e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

carlos drummond de andrade

5 comentários:

reb disse...

não há falta na ausência...

compreendo tão bem essas palavras..


um dia, se autorizares, roubo esse poema para o meu blog :)

Anónimo disse...

reb, claro que podes levá-lo.

reb disse...

Obrigada, nélio.
Como começas com reticências, o poema está adaptado por ti?

Anónimo disse...

não conheço o original. encontrei este excerto por aí e gostei dele. as reticências não são minhas, já lá estavam.

Anónimo disse...

sublime isto! Sempre achei!!!